A amiga
Aline Higa postou o seguinte texto no seu blog
Dodô Cozinha Artesanal:
Doce de Abóbora com Baunilha e Cachaça
O meu pensamento, pouco tempo depois
do fogo aceso, era "não sei o que está mais gostoso, o cheiro da
abóbora, o da baunilha ou o da cachaça". É uma cachaça boa que está na
panela, uma cachaça bem branquinha, jovem, segundo o amigo que a
recomendou.
Então o doce foi ficando mais com cara de doce, os perfumes começaram a
se misturar, e o ar da cozinha começou a ficar embriagante. Eu não tinha
me dado conta quando escolhi, mas ali estão elementos femininos
bastante fortes: o doce de abóbora, preparo tão aconchegante da história
da nossa culinária, uma generosa de dona Benta, acrescentando mais um
cravinho para que fique mais gostoso; está também a baunilha, em fava,
de uma meninice tão delicada, sonhadora; e está a cachaça, jovem, louca,
inconsequente.
Há pouco a agressividade do alcool já tinha se evaporado, os elementos e símbolos todos se juntarm, o doce amadureceu.
Falta apurar um pouco, mas está lindo!
Presentes - e passados e futuros - do fazer culinário.
Foto: Aline Higa